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Apresentação

   II Simpósio Nacional de Geografia da Saúde

 

 

    Ao longo da última década observou-se a retomada do interesse pelo espaço geográfico na área da saúde tanto como categoria de análise da distribuição espacial de agravos à saúde, quanto para o aperfeiçoamento dos sistemas de saúde. Este movimento tem como bases a renovação da epidemiologia, que busca caracterizar os determinantes sociais e ambientais dos problemas de saúde; a preocupação com o desenvolvimento da promoção de saúde, compreendendo o território como estratégia de ação; e a necessidade de regionalizar os serviços e ações de saúde, entre outros fatores ligados à história recente da Saúde Coletiva. Por outro lado, a Geografia da Saúde, desde a sua origem, tem sido calcada na resolução de problemas, permitindo a identificação de lugares e situações de risco, o planejamento territorial de ações de saúde e o desenvolvimento das atividades de prevenção e promoção de saúde. Um dos compromissos primordiais da Geografia da Saúde no Brasil é contribuir para a consolidação do SUS e a redução das desigualdades sociais.
 
   No Brasil, diversos eventos no campo da Saúde Coletiva, como os congressos brasileiros de Epidemiologia, e da Geografia, como os encontros nacionais de geógrafos, têm demonstrado o interesse crescente, tanto de sanitaristas quanto de geógrafos, na incorporação de conceitos e no desenvolvimento de metodologias capazes de incluir o espaço geográfico nas análises de situação de saúde e no estabelecimento de políticas públicas de saúde. Por isso, o tema escolhido para nortear as discussões do II simpósio é “a geografia e o contexto dos problemas de saúde”.
 
   Em dezembro de 2003 foi realizado em Presidente Prudente o I Simpósio Nacional de Geografia da Saúde. Neste primeiro encontro participaram cerca de 200 profissionais de todo o Brasil e alguns países da América Latina. Espera-se agora ampliar a participação de pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação, consolidando esse movimento de valorização das análises geográficas dos problemas de saúde e da busca de estratégias de superação desses problemas.
 
Os principais objetivos deste segundo simpósio são:
 

  • Avaliar e divulgar a produção científica sobre geografia e saúde no Brasil.

  • Promover o intercâmbio entre pesquisadores e entre métodos utilizados pela geografia da saúde.

  • Incentivar a incorporação de abordagens geográficas nas temáticas de saúde coletiva.

  • Incentivar a difusão da geografia da saúde e sua incorporação ao currículo de formação de geógrafos e profissionais de saúde.

   

    O simpósio também será uma oportunidade de reunir pesquisadores da sub-disciplina de Geografia da Saúde do Brasil e de Portugal, permitindo o estabelecimento de um diálogo entre as diferentes abordagens para os diferentes problemas de saúde existentes nos dois países. O Brasil tem se caracterizado pela imensa disponibilização de dados de saúde e o uso de técnicas de análise espacial destes dados. A produção científica sobre Geografia da Saúde é crescente no Brasil. Por outro lado, em Portugal foram efetivadas as primeiras experiências de ensino de Geografia da Saúde nas universidades. Esse diálogo permitirá compreender os desafios acadêmicos a serem enfrentados para a incorporação de conceitos da Geografia nas análises de saúde, bem como de metodologias capazes de incluir o espaço geográfico na formulação de políticas públicas de saúde.

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Eixos temáticos 

1.  Situação de saúde e condições de vida
 

  • 1.1.  Problemas ambientais e repercussões sobre a saúde

 

  • 1.2.  Análise de padrões espaciais de doenças

 

  • 1.3.  Segregação espacial e desigualdades sociais

 

  • 1.4.  Difusão espacial de doenças

2.  Pensamento, história e ensino da Geografia da Saúde
 

  • 2.1.  O ensino da Geografia da Saúde

 

  • 2.2.  Evolução do pensamento da Geografia Médica e Geografia da Saúde

3.  Território, promoção de saúde e cotidiano.
 

  • 3.1.  Percepção de saúde e espaço vivido

 

  • 3.2.  Promoção, vigilância em saúde e território

4.  Acesso aos serviços de saúde
 

  • 4.1.  Redes e regionalização de serviços de saúde

 

  • 4.2.  Territorialização das políticas de saúde

Comissão científica 

Aldo Dantas (UFRN)
 
Christovam Barcellos (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Evangelina Oliveira (IBGE)
 
Francisco Mendonça (UFPR)
 
Grácia Gondim (SES-RN e NESC/RN)
 
Jan Bitoun (UFPE)
 
Luisa Iñiguez Rojas (Universidad de Habana)
 
Marta Soares
 
Marilia Sá Carvalho (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Maurício Monken (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Paulo Peiter (UFRJ)
 
Raul Guimarães (UNESP- Presidente Prudente)
 
Rita Bacuri (Fiocruz, Manaus)

Comissão Organizaadora

Álvaro Matida (Abrasco)
 
Christovam Barcellos (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Evangelina Oliveira (IBGE)
 
Maurício Monken (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Paulo Peiter (UFRJ)
 
Renata Gracie (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Roberta Argento (Fiocruz, Rio de Janeiro)
 
Raul Guimarães (UNESP- Presidente Prudente)

Resumo dos trabalhos Completos

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